Quando as mães decidem pela amamentação prolongada, acreditam estar fazendo o melhor para os filhos, mas precisam lidar com o julgamento de mães que não aceitam ver crianças grandes mamando, de mães que não tem filhos e de pais que normalmente não são pais. O que você pensa sobre isso?
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Não precisamos dizer que a amamentação é IMPORTANTÍSSIMO para a saúde do seu bebê, mas e quando o seu filho ou filha não é mais um bebê?
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda amamentar exclusivamente por 6 meses e, depois da introdução de outros alimentos, até 2 anos ou mais, sem especificar limite. O tempo médio de aleitamento materno no Brasil é de menos de 1 ano (342 dias), mas as mães que decidem continuar com esse processo recebem críticas pesadas em relação a essa opção.
Em maio 2012, a revista norte-americana Time estampou na capa uma mulher amamentando uma criança de 3 anos, acompanhada da manchete "Você é mãe o suficiente?". A modelo fotografada é uma das mães adeptas do “attachment parenting”, ou criação com apego, teoria desenvolvida há 20 anos pelo médico norte-americano Bill Sears.
Segundo a teoria, quanto mais apego nos primeiros anos, mais autonomia e equilíbrio emocional depois.
Sears defende princípios como amamentar sempre que o bebê pedir (a chamada livre demanda, ou LD nas conversas nos grupos de mães na internet), deixá-lo dormir na cama dos pais (cama compartilhada ou CC), carregá-lo bem próximo ao corpo com o auxílio do sling e não ter uma idade limite para o desmame.
O médico especialista em amamentação pelo International Board Certified Lactation Consultant Marcus Renato de Carvalho, pai de Clara e Sophie, acredita que essa teoria vai além do aleitamento.
“A filosofia da criação do apego parte do paradigma de que o ser humano é capaz e completo desde o nascimento. Os bebês não choram para nos chantagear e, sim, por necessidade”.
Preconceito
Quando as mamães decidem pela amamentação prolongada, acreditam estar fazendo o melhor para os filhos, lógico, mas precisam lidar com o julgamento de mães que não aceitam ver crianças grandes mamando (ainda tentnado entender onde a opinião alheia nos impede). A nossa sociedade, o natural não é considerado normal, o que impede sim, várias mães fazerem o melhor para seus filhos.
Há quem estranhe mães que amamentam crianças maiores, pois não é algo comum no Brasil.
Palavra de profissionais
Os especialistas dividem opiniões. Uns enxergam benefícios na prática como foi dito, os laços e a identidade se forma com maior sentimentos e outros a acham inócua, ou seja, sem efeito ou mesmo prejudicial.
Acreditam que depois dos 2 anos de idade a amamentação não traz nenhum beneficio imunológico ou afetivo, esses benefícios já foram concretizados nos primeiros 24 meses.
Para esses especialistas, quanto mais velha for a criança, mais complicado pode ser o desmame, tanto para a mãe, que sente falta da proximidade que a amamentação trás entre ela e o filho, como para a criança, que precisa separar-se da mãe para se desenvolver.
“A separação entre mãe e bebê é muito importante para que ela seja capaz trilhar um caminho com maior independência”, diz Neyla França, psicanalista infantil da Sociedade Brasileira de Psicanálise e mãe de Lúcia, Eduardo e Ricardo.
Defende que o processo de desmame, iniciado aos 6 meses com a introdução dos primeiros alimentos, deveria estar finalizado com 1 ano de idade.
A AMAMENTAÇÃO é um ato de amor, de coragem e de individualidade, sua e de seu bebê! Tenha coragem e se imponha se essa for a sua escolha, caso não seja, tá tudo bem também, o que não é aceitável é decidir por outras mães o que elas vão fazer com seu corpo, não é mesmo?
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