A depressão pós-parto é uma doença que acomete mulheres após o parto, como o nome explica. Muitas vezes as mulheres não sabem e é grave. E a Tristeza?
A Depressão é a condição é definida como uma profunda tristeza que pode trazer consequências tanto para mãe como o bebê, pois existe comprometimento do vínculo entre eles, que pode inclusive também não ocorrer. E é mais grave, pode incapacitar a mulher e ela precisa de tratamento.
Já a Tristeza Pós-Parto é fisiológica e pode atingir até 80% das mulheres; Uma tristeza, uma melancolia que se estaciona mesmo sem ter nenhum motivo, pois o bebê, o pai, e as pessoas próximas estão felizes, mas a mãe não consegue controlar essa sensação. Esse sentimento pode durar algumas poucas semanas. E desaparece espontaneamente.
A Depressão é algo bem marcante, vai ficando cada vez mais intensa a ponto de torná-las mães incapazes de exercer as mais simples tarefas do dia a dia, não se alimentam, não tomam banho, por exemplo. As mulheres podem demonstrar apatia e desinteresse por tudo que as cerca, inclusive seu próprio bebê.
O médico Drauzio em uma conversa com o também médico Dr. Frederico Navas Demetrio em sua coluna na UOL explica que é importante estabelecer essa diferença.
Para a mulher que deu à luz há poucos dias, é quase certo que os sintomas desaparecerão espontaneamente em duas ou três semanas. No entanto, aquelas que deram à luz há um mês, um mês e meio, e estão cada vez mais tristes, precisam prestar atenção em alguns sintomas fundamentais.
O pós-parto é um período de deficiência hormonal. Durante a gestação, o organismo da mulher esteve submetido a altas doses de hormônios e tanto o estrógeno quanto a progesterona agem no sistema nervoso central, mexendo com os neurotransmissores que estabelecem a ligação entre os neurônios. De repente, depois do parto, o nível desses hormônios cai dramaticamente, o que pode ser um fator importante no desencadeamento dos transtornos pós-parto. Mas esse não é o único fator. Todos os sintomas associados ao humor e às emoções são multideterminados, ou seja, não têm uma causa única.
Portanto, não é só a deficiência hormonal que está envolvida tanto na tristeza pós-parto, quanto no quadro mais grave que é a depressão pós-parto.
Mas as mulher com história de depressão no passado, seja relacionada ou não com o parto, ou depressão durante a gravidez (quadro com a frequência menor, mas também possível) está mais sujeita a desenvolver transtornos depressivos. Não é fácil se diagnosticar, por esse motivo é importante se manifestar, se abrir e observar mulheres com alguns sintomas claros de depressão.
Segundo o Dr. Frederico a depressão pós-parto pode chegar a atitudes extremas.
Embora localizada no período pós-parto, a depressão se comporta da mesma maneira que nas outras fases da vida, e o risco de suicídio existe. No caso específico da depressão pós-parto, a forte ligação entre mãe e filho acaba protegendo um pouco a mulher. Mas, se a evolução da doença for muito negativa e os sintomas se agravarem progressivamente, ela pode chegar à conclusão de que é realmente incapaz de cuidar da criança e, infelizmente, cometer suicídio.
Além das agressões aos filhos, essa atitude acontece, mas com menor frequência O crime de infanticídio, previsto no Código Penal, ocorre em 4% das psicoses puerperais. A ligação mãe-filho é tão intensa que mesmo a mulher psicótica, sem contato com a realidade, em raríssimos casos mata a criança intencionalmente.
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Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/depressao-pos-parto-entrevista/
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