Gosto muito de filmes e séries e essa em questão coloquei para ser lembrada no dia de estreia.
Claro que ela ficou meio ofuscada por causa do fenômeno que foi o "Round 6", mas tem ganhado seu espaço: a nova minissérie "Maid", da Netflix, onde conta uma história real que emociona e precisa da companhia de uma caixinha de lenços ao lado para as mamães que são sensíveis.
![](https://static.wixstatic.com/media/403d94_937bc5bad1f74610820d21291fe1520d~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_980,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/403d94_937bc5bad1f74610820d21291fe1520d~mv2.jpg)
Essa minissérie inspirada na vida de Stephanie Land, conta a história de Alex (Margaret Qualley), uma mulher que trabalha como empregada doméstica para tentar pagar as contas e sustentar a filha, Maddy, com muito custo e sem apoio da família, uma mãe desestruturada e ainda voltada aos anos 70.
A Alex decide sair do trailer em que mora com o marido (namorado), Sean (Nick Robinson), no meio da noite, levando a filha de dois, quase três anos. Ela é vítima de abuso psicológico e não reconhece os abusos sofridos, apesar de temer não entende bem até o limite.
A jovem mãe cumpre uma jornada tripla para cumpre uma jornada tripla para cuidar da filha enquanto trabalha numa empresa terceirizada de empregadas domésticas, chamada Value Maids, e conta com os escassos (e burocráticos) auxílios governamentais para ter o que comer e onde morar com a filha pequena e dependente.
Ela recebe pouco, e é claro, não dá para o sustento. Os dez episódios da série são inspirados na história real contada no livro "Superação: Trabalho Duro, Salário Baixo e o Dever de Uma Mãe Solo".
Esse livro é um dos mais vendidos do New York Times. Durante anos, Land viveu abaixo da linha da pobreza, contando apenas com os auxílios do governo para cuidar da filha.
Bom, vamos "arrastar" essa história real para o mundo real. A questão maior de todo enredo é que, enquanto acreditamos que o foco do abuso é único e exclusivamente do companheiro, percebemos que ao longo da série, nos damos conta de que o abuso contra a jovem, que é cíclico e se origina de inúmeros personagens que a rodeiam. E você, já percebeu algum tipo de abuso sofrido pela personagem e em sua vida?
Existem alguns abusos que são silenciosos e são migalhas lançadas ao vento de uma sociedade que a julga, exclui e, torna invisível essas mulheres que são insignificantes e nulas.
Realidade essa, que leva, muito frequentemente, esses personagens da vida real a viverem em seus carros, parados em locais como o estacionamento, em barracas, casas que são o retrato da linha da pobreza.
A personagem retrata muitas mulheres/famílias que sofrem abusos de forma clara de um ciclo vicioso e sistêmico, instalado na raiz da criação de uma família desestruturada, como disse anteriormente, onde foi criada pelo vício do álcool, dos maus tratos e na persistência de manter relacionamentos de dependência física, econômica e emocional. Fica claro o esforço da protagonista em romper com esses ciclos sistêmicos durante a série.
Em uma conversa com amigos sobre séries, filmes e afins a maioria das pessoas não gostaram, disseram que ela era "fraca", e pensei sobre e conversei sobre tudo que escrevi aqui e a maioria tinha não tinha pensado com essa mente. Outros (principalmente os homens) acharam que ela mereceu.
Eu terminei a minissérie pensando em quantas mulheres não estão sofrendo essas mesmas formas de abuso (e muito mais do que o abuso psicológico) dos quais muitos são velados, são ofuscados por uma cortina de fumaça para não ser "mais uma separada da família", ser "a mulher do mimimi", para não ser "a mulher que destruiu a família do seus filhos" .
É preciso falar sobre, expor essas histórias e refletirmos sobre qual é o nosso papel nesse contexto. Demonstrar que é importante reconhecer os abusos e o que fazer. O que podemos fazer de diferente para que essas pessoas sejam vistas e consideradas?
Meu trabalho com essa postagem é dizer que as séries podem demonstrar você é capaz de mudar! MUDE AGORA!
VOCÊ SABE SE JÁ SOFREU ALGUM ABUSO? RECONHECE? VEJA A POSTAGEM 6 TIPOS DE ABUSOS...
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