Quando era pedagoga ficava desesperada com as famosas mordidas, mas não com a relação com as crianças, mas com as famílias. Então separei dicas para você lidar e entender essa fase passageira, porém desesperadora. A fase das mordidas.
O ato de morder, beliscar, arranhar e puxar os cabelo são parte do desenvolvimento normal da criança. Embora possa ser uma surpresa um tanto quanto desagradável a mordida para os pais ter um bebê mordendo se faz necessário saber como lidar.
Ao reagir de forma calma e construtiva, é possível ensinar ao seu filho maneiras mais apropriadas de agir que não morder, mas dialogar, mesmo sem saber falar.
E como disse a mordida é assunto conhecido em muitos lares e em creches e escolas de educação infantil. É uma fase correspondente ao desenvolvimento infantil mais comum entre 2/3 anos de idade, fase descrita por Freud que é a oral do desenvolvimento da personalidade.
É um período onde a criança passa a descobrir o mundo por meio da boca. É por meio da boca que a criança ri, chora, se alimenta e se expressa verbalmente, dentro de sua maturidade (e desenvolvimento) através da mordida também.
E morder pode significar muito mais do que uma reação de raiva, pois nessa fase a criança ainda não desenvolveu por completo a comunicação verbal, o que dificulta e para facilitar a criança morde e o ato de morder pode sim ser uma forma de comunicar emoções, frustrações, desejos e até mesmo demonstração de carinho. Sim de carinho.
Alguns papais e mamães ficam desesperados e INDIGNADOS quando os filhos aparecem mordidos em casa, mas eles não em noção que lá no espaço mágico da "escolinha" ele também morde, afinal, é muita emoção, descobrimentos, agitação e muito mais coisas que as crianças precisam lidar e é com seus dentinhos que eles demonstram o que estão sentindo.
Um motivo que gritava no espaço onde eu trabalha era a disputa por brinquedos dentro de uma brinquedoteca. Sim, milhões de brinquedos, mas duas ou mais crianças queriam o mesmo brinquedo.
E quando a criança deseja um objeto que está na mão de outro coleguinha, ela entra em disputa.
Como existe a urgência em resolver a questão, a parte do corpo que tem mais coordenação, é a boca, região que usa intensamente desde o nascimento e sempre funciona, sempre. Os dentinhos entram em ação e sempre funciona, pois a outra criança larga imediatamente o brinquedo, livro, jogo, copo, fruta...
É importante sempre a mediação de um adulto, para fazer com que ela reflita e entenda sobre o que fez e que há outras formas de conseguir o que deseja de forma mais assertiva e sem causar dor no outro.
Tente dizer:
'Filho (a) se você não gostou do que ele fez, vamos dizer isso a ele!'
ou
'Você quer o brinquedo, o que podemos fazer para que vocês dois possam brincar? Você pode trocar os brinquedos, o que você acha?'
Estimular o diálogo é perfeito desde o início da vida, e você precisa entender que é importante sempre a mediação de um adulto, para fazer com que ela reflita sobre o que fez e para que este mostre que há outras maneiras de conseguir o que deseja de forma mais assertiva e sem dor. Sempre orientando que o amiguinho, o irmão (a) gosta de carinho, beijos e abraços.
Pontue para a criança que isso machuca e que o amiguinho fica triste porque sente dor, por isso chora, assim como ele também sente quando o outro colega faz o mesmo.
Diga com firmeza e calmamente "vamos aprender a conversar". O adulto deve mostrar à criança que a comunicação por meio da fala é a forma certa de se obter as coisas.
Sabemos que a mordida é sempre uma situação difícil para os pais de ambas as crianças. Minha filha tem cinco anos e se lembra de uma mordida que levou aos dois anos, ela sempre diz: "Mamãe, até hoje dói a mordida que o Léo me deu!". Na verdade ela não sente a dor, mas se lembra muito bem da sensação. Ela também mordeu e pediu desculpas para o coleguinha, comprou um bolinho e pediu desculpas e até hoje sente vergonha.
Foi muito importante para ela dar o bolinho como forma de se desculpar por machucá-lo.
Os pais da criança que mordeu ficaram envergonhados, eu, com anos de experiência conversei com a Helena e a levei a pensar sobre o que ele sentiu, e foi o que ela fez, por isso levou o bolinho.
Implantar os sentimentos negativos não é o caminho, mas criar situações para estabelecer limites e a empatia é a solução. A criança mordida deve ser acolhida e incentivada a expressar seu descontentamento, porém nunca deve ser incentivada a revidar com mordidas. Nunca!
"Eu não gostei de ser mordida, Pedro! Vamos dividir os brinquedos, eu fiquei triste!"
Devemos observar e estar atentos ao que a criança está comunicando com o ato de morder. A criança está expressando...
- raiva?
- carinho?
- é uma forma de chamar e ter atenção?
É importante pontuar para a criança que isso machuca e que o amiguinho fica triste com o comportamento dele porque sente dor, por isso chora muito. Nunca incentivar o revide.
E o bebê, o que fazer quando o bebê morder?
Eu ainda amamento, e sei exatamente a dor que sentimos com aquela mordida surpresa, essa belezinha da imagem é a Stellinha, mordendo e me matando com suas gengivas "assassina" na época. (Hoje é cheia de dentes com um ano e oito meses).
As vezes eu me assusto e reajo com um grito, mas não é uma boa ideia, o meu "Aiiii" não é legal, mas às vezes, é claro, é impossível não gritar de dor. Quando não esperamos a dor é muito grande. Às vezes, gritar impede que o bebê morda novamente; porém, alguns bebês pensam que é engraçado e que as mamães estão se divertindo assim como eles, e por isso que continuam a morder para ver a reação.
Já outros se assustarão tanto ao ponto de não querer mais mamar. A chance de que este método interrompa a mordida do bebê simplesmente não vale a pena os problemas que pode causar posteriormente.
O grito causam a sensação de medo, causa o alerta vermelho e isso para os bebês pode ser péssimo.
Tem dúvidas? Me envie uma mensagem, vou adorar te ajudar!
DICA:
A casca da banana (parte interna) diminui o inchaço.
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