O nome por si só é bem sugestivo, mas normalmente você ouve falar com frequência? Precisamos falar sobre isso. A morte de uma criança é sempre um acontecimento devastador, tipicamente seguido por uma enxurrada de apoio aos pais que choram e SOFREM por um tempo. Nada mais terrível para qualquer mãe (e família) que descobrir complicações que podem causar a morte do bebê querido, aquele ser que esperamos por meses, e até por anos.
Vamos descobrir mais sobre o assunto.
Natimorto é a morte de um feto após 20 semanas de gestação.
Eu sofri com dois abortos (três meses), já mencionei em outros artigos por aqui. Me senti desolada, cansada, frágil, sem controle, impotente... Esses eram poucos dos sentimentos que me fazia acreditar que era culpada. Porém nem sempre são ações que tomamos que o natimorto acontece.
Complicações da gravidez são problemas que ocorrem apenas durante a gestação. Essas complicações podem afetar a mulher, o feto ou ambos e surgir várias vezes durante a gestação. No entanto, a maioria das complicações da gravidez pode ser tratada.
Ter um natimorto aumenta o risco de morte do feto em gestações seguintes, mas tudo é estudado e discutido pelo seu médico (a).
Se um feto morrer no final da gestação ou próximo do período final, mas permanecer no útero por semanas, é possível que surja um distúrbio da coagulação que pode causar hemorragia grave (um quadro clínico denominado coagulação intravascular disseminada).
O ginecologista (a) vai fazer exames e monitorar para que esse quadro não evolua, por isso a importância de fazer o pré-natal.
Causas de natimorto
Um natimorto pode ser causado por um problema na mãe/mulher, na placenta ou no feto. Às vezes, a causa de o bebê ser natimorto é desconhecida.
O feto pode morrer quando a MULHER tem determinados quadros clínicos, veja alguns:
Uso de substâncias, como cocaína, álcool, e/ou tabaco;
Lesões (qualquer tipo de ferimento, um tanto quanto mais grave);
Diabetes mal controlado;
Pré-eclâmpsia (pressão arterial elevada que surge durante a gestação) ou a eclampsia;
Distúrbio da tireoide;
Obesidade considerável/grave (índice de massa corporal [IMC] de 40 ou superior);
Infecção intra-amniótica (infecção das membranas ao redor do feto);
Distúrbios de coagulação, como, por exemplo, a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo.
O FETO morre quando ele tem um problema, tais como:
Defeito congênito;
Anemia;
Anomalia cromossômica ou genética;
Infecção.
A PLACENTA também podem causar a morte do feto. Esses problemas podem incluir:
Ruptura prematura de placenta (quando a placenta se desprende do útero precocemente);
O prolapso do cordão umbilical (quando o cordão sai da vagina antes do bebê);
Quadros clínicos que reduzem o fluxo sanguíneo (e, assim, oxigênio e nutrientes não são encaminhados para o feto);
Hemorragia;
Vasa prévia (quando as membranas que contêm os vasos sanguíneos conectando o cordão umbilical à placenta estão atravessando a abertura do colo do útero ou próximos a ela);
Outros problemas com o cordão umbilical (como um nó, por exemplo).
Diagnóstico de natimorto
Geralmente são realizados exames onde avaliam o feto. Esses exames muito importantes são realizados durante toda a gravidez, e incluem:
Quando VOCÊ mamãe perceber que o seu bebê não está se mexendo mais, embora os movimentos muitas vezes diminuam, à medida que o feto em crescimento tenha menos espaço para movimentar-se, (o que não foi o meu caso, minhas filhas se moviam loucamente).
Avaliação médica
Exames para identificar a causa
Uma cardiotocografia: A frequência cardíaca do feto é monitorada enquanto o feto está parado e enquanto se movimenta dentro da barriga da mamãe. Para esse exame, o médico utiliza um dispositivo ligado ao abdome da mulher.
Perfil biofísico: Uma ultrassonografia (o exame que a gente espero todos os meses) é utilizada para produzir imagens do feto em tempo real e o feto é observado. Esse exame permite que o médico avalie a quantidade de líquido amniótico e examine o feto quanto à presença de respiração rítmica, movimento e tônus muscular durante intervalos.
Para tentar identificar a causa, o médico faz exames de sangue e genéticos (como exames para detectar infecções, diabetes, distúrbios da tireoide e síndrome do anticorpo antifosfolipídeo). O médico também pode recomendar uma avaliação do feto para detectar possíveis causas, como infecções e anomalias cromossômicas. A placenta e o útero são examinados. Frequentemente, a causa não pode ser determinada.
Tratamento de natimorto
O seu médico (a) se achar necessário vai receitar medicamentos para expelir o feto.
Caso necessário, procedimentos para remover tecido que eventualmente tenha permanecido no útero e não podemos esquecer do apoio emocional e psicoterapia.
Sabemos a dificuldade em perder uma pessoa que amamos, mesmo sem conhecer, mas esperado.
Se qualquer tecido do feto ou da placenta permanecer no útero, uma curetagem por sucção é realizada para removê-lo. Um espéculo é usado para afastar as paredes da vagina e o colo do útero é dilatado. Os cuidados físicos para a mulher que teve um natimorto são os mesmos que costumam ser administrados após o parto de um bebê (cuidado no pós parto ).
No entanto, um maior apoio social e emocional é necessário.
As mudanças e as emoções que o em mulheres após terem tido um natimorto são parecidas com as que ocorrem após um aborto espontâneo. Geralmente, a mulher sente o luto pela perda e precisa receber apoio emocional e, às vezes, psicoterapia. Se há probabilidade de uma futura gravidez resultar em um natimorto, depende da causa.
Tenha compaixão e não julgamento quando souber que uma mulher sofreu um aborto espontâneo ou um natimorto. As nossas dúvidas e sofrimentos são pesados o suficiente para carregar mais julgamentos externos. Tenha sonoridade! APOIO SIM!
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