Dispersos, nervosos, diferentes, carentes, grupal, reclamam de tuuuudooo... Tenha calma. É difícil, eu sei, mas sim, é possível aprender a lidar com essa situação mantendo um equilíbrio em casa, pois se trata de um momento normal (conturbado) e esperado no desenvolvimento do ser humano.
"Mãe, quero pintar meu cabelo de roxo!
Uma mãe me mandou uma mensagem desesperada dizendo isso. Calma, calma, calma... Seu desespero é só pela cor?
Ela sorriu e foi se acalmando, sei bem o que é lidar com pré-adolescentes e adolescentes, trabalhei por anos a fio e sempre adorei, porém eu concordo que é necessário ficar de olho mesmo.
São inúmeras coisas que querem gritar para o mundo ou simplesmente não dizer nenhuma palavra. Provar que não são mais criancinhas, choque com a mudança corporal, as mudanças do cérebro. O peso que é deixar de ser o "bebê da mamãe" para ser um garoto (a) como os amigos. Etapa conturbada, dos 10 a 14 anos, mas aí vão dicas do que você mãe e pai desses mini adultos pode fazer.
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1. Paciência
Me lembro bem de como foi difícil ser pré-adolescente, você se lembra de como foi? Ser pré-adolescentes, não foi fácil, não é mesmo?
Nós adultos estamos a lidar com diversas facetas da vida, já os garotos (a) ainda não e é por isso, cabe aos adultos paciência e o mínimo de empatia.
Uma das maiores dificuldade é administrar os conflitos físicos e emocionais, juntar-se a eles neste momento é uma ótima opção. E não se afastar.
Uma adolescência mais calma e com essa rede de apoio você consegue ajudar seu filho a passar por fases que realmente serão necessários. Ter essa ligação, ser mais íntimo e serem bem próximos vão livrá-los de "amigos" indesejados futuramente.
2. Diálogo
Pode até não parecer, mas eles querem sua atenção e carinho, a frase "Você não me entende!" é na verdade "Quero conversar!"
Nada é melhor do que o diálogo, nada é tão importante.
No geral querem se afastar, dizem que desejam distância e que preferem ficar muito mais com amigos do que com você. Mas o que querem e precisam é de ajuda para conviver bem com as alterações que estão acontecendo.
Passe momentos mais próximos, fique ligado, sem ser invasivo, perceba quais os sentimentos que estão aflorando. Procure saber sobre tudo e dê exemplos de como já sofreu com algo que talvez ele esteja sofrendo também.
Pergunte sobre interesses, sobre seus planos, as amizades, do que mais gostam e menos gostam. OUÇA!
Estas interações estreitam os vínculos afetivos, fortalecem laços de confiança e demonstram que você tem interesse verdadeiro pelo que estão dizendo.
É importante que você saiba o que os incomoda, pois pode ser algo bem grave.
Conversar e negociar é melhor que proibir. Nesta idade, é muito difícil ter controle sobre tudo, por isso que a conversa é a melhor saída pra garantir segurança deles.
3. Envolvimento
É comum deixarem de fazer atividades que adoravam a pouquíssimo tempo atrás e agora, ficam mais seletivo, preferindo os amigos ou jogos.
E em relação às tecnologias, é preciso presença e supervisão para separar o que é preciso e o que não é.
Veja quais são os youtubers adequados para a idade do seu filho ou filha, conheça-os e converse sobre o que eles disponibilizam. Ofereça livros interessantes que são adequado a sua idade, incentive-os a passar momentos em família.
O que acham de atividade física? Que tal juntos?
4. Rotina
Ter uma rotina é segurança. Organizar junto com seu ou sua filha a rotina fará com que ele se sinta protagonista de suas próprias decisões.
Ele (a) precisa entender que existem combinados negociáveis e inegociáveis. O aumento da confiança em si mesmos e nos pais melhora o autocontrole, aumenta a autoestima e prepara-os para viverem melhor em sociedade, sabendo como aproveitar as coisas sem ultrapassarem os limites e as regras.
5. Qualité
Qualidade vale mais que quantidade, tenha certeza disto.
Estarmos juntos é a melhor opção para que os laços estejam sempre bem estruturados. Aproveitar algum momento junto é crucial nessa fase.
Pergunte o que querem fazer, o que podem fazer juntos e o que podem fazer na próxima semana juntos. Ouça!
Meus alunos estavam sempre reclamando dos pais... "Meus pais não me deixam fazer nada, queria que fossem como você!" E podem acreditar, sou muito rígida. Sempre trabalhei em lugares que as crianças e adolescentes nunca tiveram limites e nenhuma das coisas que eu citei anteriormente. Mas eu sempre conversava com eles e OUVIA.
Sempre perguntava o que eles queriam o que os pais queriam e o que era certo a ser feito. Rindo diziam que eram as mães ( a maioria que frequentavam minhas salas eram crianças com famílias constituídas por filhos e mães como base única) que tinham razão, mas também queriam se divertir.
Em uma conversa menos pesada conseguimos "negociar" tudo!!!
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